sábado, 25 de outubro de 2014

Clube Mamãe Box é bom?


Escrevi este post para falar da minha experiencia com o clube mamãe box.

A proposta do clube, segundo o site é que ao associar-se você receba mensalmente “uma “box” com uma seleção exclusiva de 3-4 itens surpresas entre produtos e serviços do mercado materno infantil”. Assinei o Clube Mamãe Box em 29/09 por 6 meses + 1 grátis + frete, e saiu por R$ 370.00 pagos por cartão de crédito a vista(não há opção de parcelar, se não me engano). Preenchi um cadastro no momento da assinatura falando sobre o tempo de gestação, o sexo do bebê, minha idade e algumas preferencias mais.

Pontos positivos:
Apesar de a unica forma de contato ser por email, a resposta não costuma demorar mais de 24hs e as respostas são gentis.

Pontos negativos:
1. Site é confuso. Após o preenchimento do formulário você não consegue mais visualizar os dados que preencheu, por exemplo.

2. Também não é possível encontrar no site detalhes de quando a caixa será enviada e do codigo para rastreio. Tem apenas um FAQ dizendo que a caixa será enviada no período de 30 a 40 dias úteis (que é um período enorme na minha opinião).

3. Não encontrei uma maneira fácil de fazer contato com o atendimento, como um numero de telefone por exemplo, no site tem apenas uma maneira de você enviar uma mensagem e aí, tem que ficar esperando a resposta por e-mail.

4. Recebi a primeira caixa após 40 dias, contendo: um potinho da moranguinho, uma fronha, um livro de historias de princesa, uma velinha, uma presilha e 3 amostras de Millar. Como vocês sabem, meu bebê é um menino… então os itens não serão utilizados. Além disso, por estar ainda na barriga não utilizaria um potinho plastico (que serviria por exemplo pra levar frutinhas ou lanches para escola ou outro lugar), nem lacinho, nem contaria histórias antes dos 6 meses…)

Conclusão: A iniciativa é interessante e diferente, mas o serviço ainda tem muito a melhorar. Minha experiência com a caixinha foi decepcionante, não apenas pelo conteúdo mas pela demora e a falta de informações fáceis no site. Quando pedi o cancelamento e estorno fui rapidamente atendida e prometeram enviar uma caixinha de menino, substituindo a anterior. A minha opinião é que a proposta da caixinha é interessante, podendo apresentar produtos que ainda não conhecemos, porém o valor é alto em comparação aos benefícios.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Repost: Pai, você precisa ler isso

Hoje eu me deparei com este post e parei pra ler duas, três vezes.
É daqueles textos que te dão um cachoalhão, sabe? Aqueles que incomoda ler. Conforme vai lendo, as histórias próximas vão pipocando na sua mente e dá até um embrulho no estômago.

Toda a minha admiração para a mulher que conseguiu transformar em palavras um assunto tão delicado, mas que precisa sim ser discutido, falado, pensado e entendido não só com a mente mas com o coração...

Um beijo e boa leitura!

Pai, você precisa ler isso



Escrevo com um misto de determinação no olhar e dedos e um nó na garganta. Olho para o cursor e  sei exatamente o que meu coração sente, mas sinto uma grande dificuldade em colocar aqui no papel. Ando colecionado casos de infidelidade e rupturas, no exato momento do puerpério das mulheres.
Esse não é um texto para mães, e sim para pais.
O nascimento de uma criança, para o homem é um momento de grande vulnerabilidade: a mulher está fechada em um novo mundo, seu corpo está em transformação, existe agora uma nova vida tirando o foco, até então só seu. Menos sexo, menos atenção, menos cafuné, muita novidade. Um turbilhão. Peitos enormes, mas cheios de leite e quase proibidos de serem tocados. Fraldas, roupinhas, visitas sem parar, telefone que toca, mas ninguém pergunta por você, e quando o fazem e sempre em tom de deboche e ironia.
De repente surge aquela colega de trabalho/academia, cheia de amor e atenção, e até simpática, pergunta pela esposa e filho. Lá se vão troca de mensagens, risos fáceis no almoço, trocas clandestinas de mensagens no banheiro. É uma janela de sol, em meio a tanta nuvem.
Quando chega a sua casa, criança chorando, mulher chorando, casa bagunçada. A vontade é de voltar  para o tempo de alegria, que aquela lá é capaz de oferecer. Ela está centrada, cuidando da carreira, têm tantos assuntos divertidos, sempre novidade para dividir, as horas passam tão depressa, nem parece justo. Magra e linda também. Exala um quase irresistível convite para o sexo interminável.
Aquela criança lá chorando, não é seu/sua filho(a)? Aquela mulher chorando (hormônios, medos, inseguranças, cansaço) não é o amor da sua vida? Não é um sonho se realizando? Você não pediu tantas vezes essa criança?
O puerpério não é fácil para a mulher e nem para vocês homens e boa parte de nós, mulheres, sabemos disso. E você pai, sabe o que acontece com uma mulher, assim que o filho nasce, e que finalmente você se sente pai? A gente morre. No parto, quando o filho nasce, a mulher que existia até ali morre, e estamos passando por um intenso e nada fácil processo de transformação em alguém que nem sabemos quem será. Especialmente, quando é nossa primeira vez.
Nosso corpo precisa de um tempo para voltar ao que você denomina de “normal” e não fazer sexo agora tem muito mais a ver com hormônio do que  vontade própria. Muitas das vezes que choramos, não é frescura, são os hormônios que estão se regulando. Agora a vida está nos braços e não mais dentro de nós, isso é uma diferença gigantesca, e ainda que pareça óbvia, existe uma infinidade de publicações sobre como cuidar do bebe, mas quase nenhuma sobre como cuidar da mãe ou do relacionamento, neste momento tão delicado, tão cristalino.
O instinto materno é primitivo, então o que fazemos é proteger o filhote de quem quer que seja, e esperamos do macho a  proteção do lar.
Então o que precisamos é que você nos proteja, não só pagando as contas, nos dando alimento e comprando fraldas.  Precisamos que você comece a nos proteger de você mesmo, da sua vontade de nos abandonar e ir para o riso fácil e encantador que está lá fora, e de tudo que pode parecer colorido e mágico. Lembre-se que essa família, ainda que lhe pareça muito diferente do comercial de margarina e novelas, ela precisa de você. Quanto mais você focar na gente, mais colorido e mágico aqui se tornará e você poderá vivenciar a plenitude da paternidade, sem precisar de alguma “muleta” para passar por essa fase.
Uma vida chegou ao mundo e o que você está fazendo por essa vida? Você consegue perceber todo o desequilíbrio que você está provocando? Um momento tão delicado para a mãe que acabou de receber uma vida, e que de repente vê a sua família sendo ameaçada. O processo da amamentação é prejudicado, sabia?Amamentar não é um processo mecânico de ordenha, e sim emocional.  A criança apesar de estar fora da barriga da mãe, ainda é uma extensão das suas emoções, você sabia? Aquela nova mulher apesar de toda a transformação, te ama ainda mais por esse ser lindo que ela agora é mãe, sabia?
Percebe pai, que não é apenas a mãe que sofre com toda essa história?
Para você mulher que está a provocar esse tipo de desequilíbrio em uma família, que você seja capaz de se encher de luz e amor próprio e com isso tomar boas decisões, especialmente praticando o amor ao próximo, afinal, um dia, será você vivendo um puerpério.

fonte: http://vilamamifera.com/cafemae/pai-voce-precisa-ler-isso/

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Experiências e resenhas


O blog é uma alternativa maravilhosa para expor opiniões e se relacionar com tanta gente nesse mundão de meu Deus. Já recebi quase 500 visitas nestes 15 dias de vida do blog e fico feliz em poder compartilhar pensamentos, opiniões e desabafos que podem ser quem sabe, o mesmo pensamento de outra pessoa.
Mais do que um espaço para meus surtos momentos, quero fazer deste espaço uma oportunidade para dividir as experiências que tenho com os produtos, serviços e toda a parafernália que utiliza uma mãe de primeira viagem (porque cá pra nós, não é pouca coisa!). Pra mim tem sido super util ouvir como foi com outras mamães, quais produtos elas utilizaram e o que acharam deles, mas em muitos casos não encontrei resenhas que me permitissem decidir optar ou não por um determinado produto/serviço.

Por isso a partir de hoje, vou incluir um cantinho do blog onde vocês poderão encontrar a descrição completa da minha experiência com produtos e serviços relacionados ao bebê ou à mamãe.

Espero com isso, contar como foi comigo para que você aí do outro lado possa decidir se será ou não útil pra você adquirir determinado item. E se você tem uma opinião sobre este ou aquele produto, manda pra cá que eu publico também!


Gostou? Logo, logo tem a primeira resenha!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Emoções de grávida


A maioria das mulheres sonha em ser mãe um dia. A gente brinca de boneca a infância inteira simulando um dia que acreditamos que vai chegar. Sonhamos com este dia, criamos um mundo fantasioso, lindo e perfeito. Já sabemos quem seremos quando tudo isso vier a realidade: protetoras, amorosas, fortes, guerreiras, independentes e carinhosas. Sabemos todos os erros dos nossos pais que não queremos cometer com nossos filhos. As vezes sabemos até o nome do nenê. Tudo pronto, falta só ele chegar.

Aí você descobre que tem uma vida crescendo dentro de você e todas as suas certezas se desmoronam. Aquela heroína que você tinha certeza que seria quando este dia chegasse, simplesmente não existe.Você descobre que esperou a vida toda por este dia e quando ele chega você é a mesmíssima pessoa, com os mesmos defeitos que você odeia, cometendo os mesmos erros, lidando com as mesmas questões emocionais de sempre e toda aquela força e confiança dão lugar a lágrimas e mais lágrimas…

Não importa se você planejou ou não este momento e por mais apoio que tenha, você continua totalmente despreparada para uma tarefa tão sublime e ao mesmo tempo complicada.

Por mais que algumas pessoas digam que este medo todo é normal, não alivia em nada. Aquela fragilidade se revela em todas as suas atitudes, quando se percebe exausta com atividades que faria numa boa, quando a saudade dos pais aperta demais ou quando sente uma necessidade absurda de um colo. Tudo isso está dentro de você e só você pode lidar com essas sensações.

O único conforto que encontro por hora é, claro, no carinho das pessoas ao redor e numa frase que ouvi um dia: “Quando nasce um filho, nasce uma mãe”. 

Será que é verdade?

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Tipos de parto - Quem é mais mãe?

Quando comecei a pensar mais a fundo sobre tipos de parto e como gostaria que fosse este momento pra mim, me deparei com uma situação horrorosa entre as mães: a competição entre quem é mais mãe dependendo do tipo de parto.

Por muitos anos a cesárea foi adotada no Brasil em números muito acima dos recomendados pela ONU. Era meio que o único tipo de parto. Necessárias ou não, muitas delas foram escolhas das mães e não apenas dos medicos. Não vou falar aqui se essas mulheres foram ou não induzidas a isso, ou se tinham todas as informações sobre os tipos de parto. Concordo que o médico deveria ser o primeiro a orientar sua paciente sobre os riscos, recomendações e tudo que envolve cada tipo de parto ao invés de procurar o que é mais conveniente pra si mesmo e que nem todos agem assim, exatamente por isso procurei um médico que tivesse o pensamento parecido com o meu, que respeitasse o que eu acredito. Meu intuito aqui é falar sobre algo que me incomoda muito e que não consigo entender, que é essa disputa sobre quem é "mais mãe ou menos mãe". Quero falar sobre a capacidade que temos (e deveríamos exercer) de respeitar a decisão do próximo.

Talvez eu não entenda porque nunca fui ativista, nem militante de causa alguma. Acho legal quem é, mas eu não sou. Sou adepta da liberdade de cada um fazer o que bem entende da própria vida e arcar com as consequências. Acho mediocre demais um ativismo que foca em si mesmo a ponto de acreditar que só é mãe de verdade quem teve o filho de parto normal. Já li por ai gente dizendo que só é mãe quem pariu, ou seja quem teve aquele parto normal/vaginal. Se foi cesárea, meu bem, você só passou por uma cirurgia.

Conheço também pessoas muito equilibradas sobre essa questão e sempre que posso eu faço uma perguntinha aqui, outra acolá. Gosto de ouvir o que essas mães tem a dizer. Elas passaram por um momento que eu em breve vou passar e sempre tem algum importante a dizer. Acho valioso demais ouvir alguém que sabe de um lado da historia que você não sabe.

Não é daí que vem o meu incomodo, não estou falando da defesa do tipo de parto por ter sido uma experiência muito boa, tranquila e bem pensada para mãe e bebê. Me refiro aqui a mentes que se fecharam a tal ponto, que tendo passado pela experiência mais maravilhosa da vida de uma mulher, tenham transformado seu aprendizado em uma causa que serve apenas pra se auto promover e desvalorizar outras mães. Feio demais, né?

Continuo me informando sobre os tipos de parto, sobre quando são indicados e quero poder contar a minha experiência a quem se interessar em ouvir. No entanto, jamais farei da minha experiência um modelo a ser seguido por todas as pessoas, mesmo que ela tenha sido a melhor experiência do mundo. Eu simplesmente não consigo viver num mundo de moldes prontos pra você se encaixar. Seria banalizar demais o que mais vale a pena nessa vida, que é o prazer de viver...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A moda do bebê com padrão Inmetro



Eu leio, ouço, pergunto e falo muito sobre as minhas inseguranças com as pessoas ao meu redor. Sempre que tenho a oportunidade eu pergunto como foi a experiencia do parto, da gestação, dos primeiros dias em casa com o bebê para as mamães que conheço. Adoro ouvir as vivências de outras pessoas, acho que sempre temos algo pra aprender (ainda mais no meu caso, que não tenho experiencia nenhuma) e algumas vezes nós aprendemos até como não queremos fazer.

Aí começa o problema. Muitas vezes temos que lidar com opiniões diferentes das nossas, com mamães que tem absoluta certeza de que porque deu certo com o bebê dela também vai dar com o seu.

Já ouviu coisas como: "Quando acontecer 'x', você faz 'y'. é assim que dá certo" ?

Minha opinião é que pode ser que dê certo mesmo, mas também pode ser que dê errado. Não existem formulas mágicas pra nada nessa vida e por que raios seria diferente com o nosso bebê? Sim, eu sei que todo bebê chora e chora muito esse e outros detalhes podem ser comuns a todos os bebês. Ainda assim não podemos esquecer que além de um bebê, ele é também um indivíduo. E que cada ser humano é um universo único, tem seu próprio jeito, sua própria maneira de lidar com a dor, de expressar suas emoções e compreender o mundo ao seu redor.

Enquanto pais temos a missão de mergulhar de cabeça no conhecimento desse pequeno ser que trouxemos ao mundo e aí sim descobrir o que dá certo e o que dá errado. Se não entrarmos de maneira desprendida nessa experiência correremos o risco de focar na 'receita' e esquecer do resultado final, da individualidade do bebê e do momento. Caminho certo para nos frustrarmos tirando o foco da unica coisa que interessa e vale a pena nessa vida: o amor que temos para dar.

Nas minhas andanças pelos blogs sobre maternidade e foruns com perguntas e respostas sobre o mesmo tema já percebi que as mamães A-DO-RAM uma comparação. Seu bebê falou a primeira palavra aos 'x' meses? Legal pra vocês. Olha que bacana, ele desfraldou super cedo. Nem vou comentar a tal história de quando é que começam a dormir a noite toda. Tudo isso é uma maravilha e a mãe deve ficar orgulhosa de cada desenvolvimento do seu pequeno. Deve ser um sentimento que não cabe no peito mesmo! E ah, eu vou passar por tudo isso! No entanto, quando esse desenvolvimento vira mais um prêmio para a mãe do que uma conquista do bebê, não precisa ser vidente pra pra saber que as mães que entram nessa de querer que seus filhos tenham os mesmos feitos no mesmo prazo, só vai trazer um peso enorme, insegurança de não estar fazendo a coisa certa ou pensar que seu filho tem algo de errado. For a que deve fazer a gente exercer uma cobrança exagerada sob o pequeno (mesmo que ela não seja verbalizada).

Por um mundo em que cada pessoa tenha o direito de ser o que é!

Sem pressão, sem cobranças, sem a necessidade de provar nada a ninguém. Por uma criação com amor e respeito. Até porque, bebê não é produção de fábrica, não vem com manual de instruções e nem selo do Inmetro.

Graças a Deus!

domingo, 5 de outubro de 2014

Endometriose e a árdua tarefa de encontrar um médico de confiança para o pré natal

Já contei aqui que quando fiquei grávida, estava tratando uma endometriose.
Mas afinal, o que é a ENDOMETRIOSE?

"Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas [...]
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis."
Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
http://www.gineco.com.br/saude-feminina/doencas-femininas/endometriose/
Pra quem quer saber mais sobre a endometriose, super recomendo o portal acima.

Eu já havia recebido algumas orientações de outros médicos quanto a esta possível endometriose, mas nunca tinha iniciado o tratamento porque não tinha um médico de confiança. A correria do trabalho, a falta de tempo e as mudanças de casa nos ultimos anos também acabaram sendo prioridade e minha saúde teve que esperar um pouco.

Agora eu tinha decidido iniciar o tratamento e quando descobri que estava grávida a possível-futura-confiança que estaria se desenvolvendo com a médica foi por agua abaixo. Claro que eu não confiaria mais nela para o pré natal, já que ela havia me garantido que era impossível eu engravidar, então eu teria que encontrar outro médico. Foi aí que começou o desespero...

Medica 1
A primeira médica com quem me consultei, foi óbvio a que com quem me consultava. Na verdade acho que voltei lá só pra dizer que estava grávida (o que ela havia dito que com certeza não aconteceria). Ela me deu os parabéns e me pediu alguns exames pra começar o pré natal e tal, mas… blé. Aqui não volto!

Medica 2
Pesquisa daqui, pesquisa dali. Procurei na rede referenciada do convênio e na mesma semana marquei uma consulta com uma outra médica. Esperei por umas 2 horas para ser atendida e a consulta durou menos de 10 minutos. Foi mais ou menos assim:

Eu: “Então, estou grávida”
Medica 2: “Legal, Toma buscopan se sentir dor e ácido fólico todos os dias. Te vejo daqui um mês.”
Só quando saí da consulta me dei conta de que ela nem ao menos perguntou como eu sabia que estava grávida. Sem chance!

Medica 3
Parei de procurar no livrinho do convênio e aceitei a sugestão da minha sogra de conhecer a G.O. que fez o parto do Thiago. Lindo, né? Fomos na primeira consulta, eu já tinha o resultado de alguns exames em mãos então já levei para ela olhar. Me senti segura ao conversar com uma médica que já tinha tanta experiência. Ela era muito segura, examinou pressão, abdômen, peso, etc, fez a carteirinha do pré natal, passou seus telefones e pediu pra me ver em 30 dias. Me passou uma segurança enorme, mas não senti empatia, não deu ‘liga’ sabe?

Ela cuidou de mim nas primeiras semanas de gestação e foi muito competente neste comecinho super delicado que é quando o risco de aborto espontâneo é maior. Me passou uma lista gigantesca de remédios, cremes, vitaminas e afins junto com o repouso quando tive um hematoma intra-uterino. Apesar disso, alguma coisa me dava um certo incomodo e este incomodo aumentou quando procuramos saber sobre a hora do parto e possíveis gastos com ele.

Ela demorou um pouco a falar sobre o parto, sempre que eu perguntava ela dizia para falarmos mais pra frente sobre isso então fui incisiva quanto a valores e a resposta foi que ela não atenderia o parto pelo convenio e que cobraria 4 mil reais para realizá-lo.

Se a falta de empatia me incomodava antes, agora realmente tinha um motivo para trocar de médico. Eu já pagava um convênio muito caro e não poderia arcar com os custos de um parto.

Começa a busca, tudo outra vez.

Medico 4
Foi super atencioso, mas cobraria 7 mil reais pelo parto.

Medico 5
Foi muito atencioso também e me explicou que a ANS agora não obrigava mais o médico a fazer o parto pelo convênio, porque os convênios repassavam valores ridiculamente baixos. Me explicou que o valor pago pelo convenio não cobriria suas despesas, nem compensaria que ele deixasse de atender duas consultas particulares por exemplo. Por essa razão ele e outros médicos optavam por não atender partos pelo convenio.

Medico 6
Cobraria o parto, mas seria apenas um valor para cobrir sua assistente (ou algo assim). Mas não estaria no Brasil no período de nascimento do meu filho e por isso não poderia nos atender.

Medico 7
Indicação de uma amiga, não cobraria o parto, foi muito simpático e me pareceu experiente, mas… só faz se for ‘cesárea agendada’.
Naquela época eu ainda não pensava em tipos de parto, mas definitivamente não queria ter que fazer o que quer que fosse. Não acho que tipo de parto é algo que possa ser pre-estabelecido.

Passei em mais duas ou três consultas com ele, mas nunca conseguia ligar no consultório, não tinha um celular dele para emergências, não tinha um cartão de pré natal, as consultas sempre tinham um espaço enorme porque a agenda dele era lotada…

Medico 8
Indicação de uma amiga também. Dentre todos os médicos com quem me consultei, ele foi definitivamente o mais atencioso. Apesar de ser relativamente novo, tem muita experiência, se mostrou paciente com todas as minhas perguntas, sempre disponível no celular, e-mail, whats app, sempre pronto para ajudar, esclarecer, tranquilizar. Apesar de eu ter chegado até ele disposta a encarar uma cesárea, ele tem me mostrado os benefícios do parto normal e que posso, sim, ser capaz disso. Sem peso e sem exigências, ele me ouve e me aconselha com o conhecimento que tem. Ele até atende no horário (o máximo que já esperei para ser atendida foi 1h e quem já passou com outros médicos sabe que isso é quase como ser extremamente pontual hahaha). Alem disso, ele tem o aparelho de ultrassom no consultório e em todas as consultas ele mesmo da uma olhadinha no bebê, o que deixa a gente super segura, ah, esse ultrassom não substitui os exames feitos em laboratórios.

Finalmente encontrei meu médico!
Sim, ele também irá atender somente parto pago como particular, mas poderei solicitar um reembolso pelo convênio o que facilita tudo. 

Enfim, depois de todas essas andanças e stress até encontrar um bom obstetra, se eu pudesse dar um conselho seria: Comece pelas indicações e siga sempre seu instinto. Você vai precisar de muita ‘liga’ com este médico no período mais importante e sensível da sua vida, então tem que ser um médico com quem você se sinta a vontade e tenha segurança ao seguir suas orientações. O médico que foi bom pra aquela amiga nem sempre será bom pra você, mas as chances de acertar são maiores quando alguém já lhe diz como foi a experiencia com ele.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Como contei que estava grávida

Agora eu já tinha certeza, eu estava mesmo grávida.

Eu só conseguia pensar nas muitas mudanças a partir dali, e que fatalmente me atropelariam quisesse eu ou não. Eu não queria ficar feliz demais, porque sabia que antes de mais nada precisava saber se estava mesmo tudo bem com o bebê, se não tinha nenhum problema, se não passaria por algum aborto espontâneo já que meu organismo não estava nada preparado para um inquilino se instalar ali e no meio de todas essas questões, a mais importante sem dúvida era como eu contaria ao meu marido que ele seria pai. Sempre falamos em ter filhos, já tínhamos até escolhido nomes e tudo, mas agora a história não era mais uma fantasia, era verdade e com todas as alegrias e dificuldades que isso representava.

Em dois dias seria o aniversário do Thi e achei que seria um presentão contar a ele na manhã do seu aniversário. Eu precisava guardar segredo por apenas dois dias e então faria uma linda surpresa pra ele, mas eu tinha certeza que não aguentaria esperar até lá.

Num dos meus livros favoritos, li a frase que me deu uma ideia muito clara do momento que anos depois eu estava vivendo: “Ter um filho é como fazer uma tatuagem na cara. Você precisa realmente ter certeza de que é isso que você quer antes de se comprometer." Elizabeth Gilbert - Comer, Rezar, Amar. Acabei não tendo tempo para decidir que queria mesmo viver aquilo, mas era exatamente assim que eu me sentia: com uma tatuagem na testa, letras maiúsculas, negrito e piscando em neon: tô gravida, gente!

Naquela noite cheguei do trabalho tentando parecer normal. Tentando fazer tudo como usual e engolir o sorriso no rosto. Era uma terça-feira, dia do Boas Vindas na GNT, programa que sempre amei assistir. Naquele dia o boas vindas teve um sabor especial pra mim e não pude conter as lágrimas. Eu não estava sensível por causa da gravidez, eu estava emocionada por saber que logo, logo seria minha vez e eu viveria aquela experiência que achava tão linda nas outras mulheres. Disfarcei as lágrimas e fui dormir, pensando em não estragar a surpresa para o homem mais especial da minha vida, que podia ainda não saber, mas estava dividindo comigo um pequeno milagre, o pacotinho de amor que eu guardava dentro de mim…

No dia seguinte aquele segredo começou a me incomodar. Era por um motivo especial, mas nunca gostei de esconder coisas dele, não seria agora que começaria a gostar. Respira fundo, aguenta só mais um dia e amanhã você já poderá contar. Fui ao shopping e comecei a comprar coisinhas pra montar a surpresa. Com as mãos trêmulas dentro do carro eu montei a caixa e fui pra casa. Disse a ele que só poderia abrir na manhã seguinte, era um presente de aniversário e aqui em casa só se entrega presente no dia certo. Entrei no banho e lá desabei a chorar… sentia uma gratidão enorme no coração por estar vivendo aquele momento com a pessoa certa, o verdadeiro amor estava em mim e crescendo, literalmente. Saí do banho e decidi que eu não conseguiria mais segurar. Chamei o Thi e entreguei a caixa com um laço bonito, mas tentando fazer parecer um 'simples' presente de aniversário.

Sentamos juntos na cama e fiquei olhando a cara dele enquanto abria.


Primeiro ele me perguntou se aquilo era mesmo verdade. Depois sorriu. Então ficamos alguns minutos sem dizer nada, olhando um pro outro com aquela cara de poste. Não sei quanto tempo durou aquele silêncio, mas era um silêncio que falava muitas coisas. Ficamos paralisados pela responsabilidade que nos era entregue a partir daquele momento, incrédulos e entorpecidos por aquelas emoções todas. Felicidade, insegurança, paz, medo do desconhecido. Levantamos correndo da cama e a vontade era de gritar pro mundo.

Não cabia no peito aquela sensação tão boa.

Tínhamos que gritar pro mundo: Gente, estamos grávidos!!!